sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A violência brasileira denunciada

Estados Unidos denunciam crimes cometidos por forças de segurança do Brasil 
 
A violência exercida pelas forças de segurança continua sendo um grave problema no Brasil, embora os direitos humanos sejam geralmente respeitados pelas autoridades federais, afirmou o Departamento de Estado norte-americano em seu relatório anual.

O documento, entregue nesta quarta-feira ao Congresso dos Estados Unidos, denuncia a existência de "mortes ilegais, força excessiva, agressões, abusos e torturas de detidos e reclusos por parte de policiais e forças de segurança de prisões". "O governo ou seus agentes não cometeram assassinatos motivados politicamente, mas as mortes ilegais cometidas por policiais (militares e civis) foram generalizadas", explica o documento. O Departamento de Estado explica que, "em muitos casos", os policiais empregaram "força letal de forma indiscriminada durante apreensões e mataram civis, apesar da ausência de risco para eles". Além disso, "em alguns casos" as mortes de civis foram precedidas de "grave perseguição ou tortura por parte de agentes".
 
O governo norte-americano também destaca que muitos assassinatos foram perpetrados por esquadrões da morte vinculados às forças de segurança, "em alguns casos com a participação policial".
O relatório ressalta que, nos nove primeiros meses de 2008, a polícia matou no Rio de Janeiro 911 pessoas em enfrentamentos, "12% a menos que no mesmo período em 2007", segundo dados do governo federal. Esse número, no entanto, chega a 1.260 assassinatos, a maioria "em atos de resistência", segundo um documento publicado em setembro pelas Nações Unidas.
 
Além disso, o Departamento de Estado critica a falta de proteção para testemunhas de crimes, da violência e de discriminação.
 
 O documento também ressalta que "a violência doméstica continuou generalizada", com 24.523 casos registrados em todo o País em 2008, contra 20.050 de 2007.
 
 

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